Melhores Cotas Fixas de Hipismo

Nem só de bolsa vive o bolso. Fundo que aposta em cavalos de salto quer atrair investidores

A Lifetime Asset Management, ligada ao BTG Pactual, desenvolveu o fundo multimercado Marlon Zanotelli Horses, cujo nome faz alusão ao cavaleiro brasileiro que busca uma medalha na Olimpíada de 2024. Ele é um pouco gestor do fundo, escolhendo os ativos, quer dizer, os cavalos.

A Lifetime Asset Management, ligada ao BTG Pactual, desenvolveu o fundo multimercado Marlon Zanotelli Horses, cujo nome faz alusão ao cavaleiro brasileiro que busca uma medalha na Olimpíada de 2024, em julho. Ele é um pouco gestor do fundo, escolhendo os ativos, quer dizer, os cavalos.

O produto está sendo distribuído pelo BTG, por enquanto, apenas a investidores profissionais, que possuem mais de R$ 10 milhões investidos, mas o desejo é distribuí-lo para o grande público, quem sabe. A aplicação inicial mínima é de R$ 25 mil e o fundo acumula desde o lançamento, em setembro do ano passado, R$ 5,84 milhões sob administração e 65 cotistas.

A história começou com a adoração por cavalos da equipe da gestora, que é parte de um conglomerado que concentra uma assessoria que distribui investimentos da plataforma do BTG, a gestora e outros serviços. O negócio nasceu em 2011 e era ligado à XP, mas passou a ser credenciado ao BTG em 2020. A maioria dos fundos da casa são exclusivos, com acesso limitado a um número de pessoas.

Alguns da equipe frequentavam o Clube Hípico de Santo Amaro e saltavam com os seus cavalos como amadores. A casa chegou a patrocinar campeonatos e se aproximou de Marlon Zanotelli, o principal cavaleiro brasileiro e um dos melhores do mundo. A égua dele agora está na carteira do fundo.

O plano é ganhar dinheiro comprando cavalos europeus de salto, treinando e vendendo no futuro os animais, mais valorizados. Ainda, a ideia é ganhar com as premiações em dinheiro das competições. Metade do dinheiro é destinada aos cavaleiros e a outra metade, aos cavalos do fundo.

Um cavalo europeu de salto pode ser adquirido por ao redor de 100 mil euros (cerca de R$ 537 mil) e vendido, se tiver uma boa performance olímpica, por em torno de 1,2 milhão de euros (ao redor de R$ 6,4 milhões). Além disso, um atleta como Marlon Zanotelli já conseguiu cerca de 1 milhão de euros (em torno de R$ 5,4 milhões) em premiações.

“Temos um nicho importante para ser explorado”, afirma Rafael Galvão, responsável pelo relacionamento com clientes da Lifetime. “O mercado de comércio de cavalos está aquecido. Na pandemia, os clubes hípicos foram autorizados a funcionar e todo mundo da classe acima da A comprou cavalos para frequentar a hípica”, diz.

Ele acrescenta que esse mercado dificilmente tem crises, porque o poder aquisitivo das pessoas que compram é altíssimo. E explica que os novos cavalos estão atrelados ao nascimento de novos atletas. “Assim como o Brasil descobre jogadores de futebol e os exporta para a Europa, a Europa descobre os cavaleiros”, afirma.

Nas contas da Federação Equestre Internacional, há 44 mil cavaleiros atletas e o hipismo movimenta 32 bilhões de euros ao ano (ao redor de R$ 172 bilhões ao ano), em comércios de cavalos, cursos e premiações.

O atleta brasileiro Marlon Zanotelli tem cavalos na Alemanha, Bélgica e Holanda, a Meca do hipismo global. O cavaleiro é também um pouco gestor do fundo. É ele que escolhe os cavalos da carteira, desenvolve e comercializa os animais quando acha que chegou a hora de vendê-los.

Marlon Zanotelli — Foto: Fanny Schertzer/Creative Commons

“O principal gestor do fundo está na Europa. Ele já fazia isso na pessoa física e agora faz isso na pessoa jurídica. Se fosse para comprar cavalos brasileiros, precisaríamos de um Marlon no Brasil”, afirma Josian Teixeira, gestor do fundo.

Já Teixeira é quem faz a gestão dos recursos. O fundo multimercado, na realidade, compra um Fundo de Investimento em Participações (FIP), que investe em uma empresa de comercialização de cavalos, a AZ Investments. Auditar as despesas e controlar o caixa e o rendimento é a sua responsabilidade.

A brincadeira custa dinheiro. A taxa de administração do fundo multimercado custa 1% ao ano e a taxa de administração do FIP custa 2% ao ano, mais uma taxa de performance de 20% do que exceder o IPCA mais 4% ao ano.

Atualmente, três cavalos estão no portfólio, mas esse número pode chegar até 20. A ideia é diversificar os cavalos para diminuir os riscos. Há desde os de altíssima performance até os que ainda devem ser preparados. A manutenção de um cavalo assim custa ao redor de 2 mil euros ao mês (cerca de R$ 11 mil reais ao mês).

Os riscos principais são adquirir um cavalo por um valor muito caro e ele não se valorizar, ou o cavalo não entregar o resultado esperado. Outros riscos envolvem o atleta Marlon Zanotelli deixar de ganhar premiações. Para diluir esse risco, dois cavaleiros na empresa podem performar no seu lugar, se acontecer algo com ele, e um seguro cobre acidentes ou lesões sofridas pelos animais.

“É igual a um fundo de ações. Compramos esperando uma valorização, mas más notícias podem fazer o preço variar para baixo. Quanto maior o número de ativos, melhor, porque mesmo com um problema com um ou dois, se mantém a média”, diz Teixeira.

No começo de dezembro, o fundo ganhou dinheiro com a comercialização de uma égua que ficou no portfólio por 44 dias e proporcionou uma remuneração de 41,93% nesse intervalo aos cotistas. A venda não impactou a cota do fundo imediatamente, porque a precificação é trimestral. Como o produto é fechado, os cotistas só resgatam o dinheiro após quatro anos.

O número de investidores até agora está abaixo do desejado pela gestora. A pretensão é crescer 80%, dos atuais 65 cotistas para ao redor de 120. “O cotista não é só o investidor do mercado equestre. É aquele que busca uma carteira diversificada de investimentos, com ativos descorrelacionados dos tradicionais”, afirma Galvão.

Mas ele confessa que os apaixonados pelos cavalos são a maioria. “Muitos pedem vídeos dos cavalos, perguntam se eles vão saltar no fim de semana. A relação é mais pessoal com o fundo”, diz.

Os investidores estão aguardando que o atleta brasileiro Marlon Zanotelli ganhe uma medalha na Olimpíada deste ano. A torcida é pelo cavaleiro e pelo bolso.

Investimento em Cavalos de Salto: Uma Nova Fronteira para Investidores Brasileiros

Nem só de bolsa vive o bolso. Em uma iniciativa singular no mercado financeiro, a Lifetime Asset Management, uma subsidiária do BTG Pactual, lançou um fundo de investimento inovador que aposta em cavalos de salto. O fundo, chamado Marlon Zanotelli Horses, tem como figura central o cavaleiro brasileiro Marlon Zanotelli, que almeja uma medalha na Olimpíada de 2024. Este fundo chama a atenção por seu enfoque único e visão diferenciada no mundo dos investimentos.

Origem e Desenvolvimento do Fundo

A paixão por cavalos sempre esteve presente entre os membros da equipe da Lifetime Asset Management, parte de um conglomerado que inclui uma assessoria que distribui investimentos da plataforma do BTG, além de outros serviços. A empresa, fundada em 2011 e anteriormente parte da XP, tornou-se credenciada ao BTG Pactual em 2020. Os membros frequentes do Clube Hípico de Santo Amaro, praticantes de saltos amadores, começaram a estreitar laços com Marlon Zanotelli, principal cavaleiro brasileiro, cuja égua agora integra a carteira do fundo.

Desde o lançamento do fundo em setembro do ano passado, a adesão dos investidores profissionais, aqueles com mais de R$ 10 milhões investidos, foi significativa. Atualmente, o fundo administra R$ 5,84 milhões e conta com 65 cotistas. Inicialmente restrito a investidores de alta renda, a gestora Lifetime Asset Management pretende no futuro oferecer o produto ao público geral.

Estratégias e Funcionamento do Fundo

O objetivo central do Marlon Zanotelli Horses é adquirir cavalos europeus de salto, treiná-los e vendê-los posteriormente valorizados. Além dessas transações, o fundo visa lucrar com as premiações em dinheiro decorrentes das competições. Metade dos lucros obtidos é destinada aos cavaleiros e a outra metade aos cavalos do fundo. O gestor do fundo, Marlon Zanotelli, desempenha um papel crucial na seleção dos cavalos da carteira, tornando-se um verdadeiro estratega no cenário internacional do hipismo.

O custo de aquisição de um cavalo europeu de salto gira em torno de 100 mil euros (aproximadamente R$ 537 mil), podendo ser vendido por cerca de 1,2 milhão de euros (cerca de R$ 6,4 milhões) se alcançar uma boa performance olímpica. Marlon Zanotelli, com um histórico de premiações que ultrapassa 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,4 milhões), exemplifica o potencial lucrativo desse empreendimento.

Desempenho e Perspectivas do Fundo

Até agora, o fundo multimercado já possui três cavalos no portfólio, com planos de ampliar esse número para até 20. Com cada cavalo custando ao redor de 2 mil euros ao mês (cerca de R$ 11 mil) em manutenção, a gestora tem como objetivo diversificar os ativos para mitigar riscos. As flutuações no valor são contínuas, mas a expectativa é que a média se mantenha positiva com o aumento do número de ativos.

No início de dezembro, o fundo obteve um retorno significativo ao comercializar uma égua que proporcionou uma remuneração de 41,93% em apenas 44 dias. No entanto, devido à precificação trimestral, este lucro não impactou imediatamente a cota do fundo, onde os cotistas podem resgatar o dinheiro apenas após quatro anos.

Desafios e Riscos Envolvidos

O principal risco identificado por Rafael Galvão, responsável pelo relacionamento com clientes da Lifetime, é a possibilidade de adquirir um cavalo por um valor alto que não se valorize conforme esperado. Outras ameaças incluem a potencial incapacidade de Marlon Zanotelli de ganhar premiações ou acidentes e lesões sofridas pelos cavalos. Para mitigar esses riscos, o fundo conta com dois cavaleiros adicionais e contratos de seguro para cobrir acidentes.

Embora o objetivo inicial fosse aumentar o número de cotistas para cerca de 120, a gestora ainda está bem abaixo dessa meta. Mesmo assim, aqueles que já aderiram ao fundo se mostram não apenas investidores financeiros, mas verdadeiros entusiastas do hipismo, frequentemente interessando-se pela saúde e desempenho dos animais.

Mercado de Cavalos de Salto e Oportunidades

O mercado de comércio de cavalos, conforme explica Galvão, está em alta. Durante a pandemia, os clubes hípicos continuaram funcionando, o que aqueceu ainda mais esse nicho. O mercado equestre, alimentado por pessoas de altíssimo poder aquisitivo e novos atletas, demonstra resiliência mesmo em tempos de crise. A Federação Equestre Internacional estima que o hipismo movimenta anualmente cerca de 32 bilhões de euros (R$ 172 bilhões), tornando-se uma oportunidade de investimento altamente atraente.

FAQs

  • O que é o fundo Marlon Zanotelli Horses?
  • É um fundo multimercado desenvolvido pela Lifetime Asset Management, parte do BTG Pactual, que investe na compra, treinamento e comercialização de cavalos de salto.

  • Quem pode investir no fundo Marlon Zanotelli Horses?
  • Inicialmente, o fundo está aberto a investidores profissionais com mais de R$ 10 milhões investidos. No futuro, pode ser distribuído ao público em geral.

  • Qual é o capital inicial necessário para investir no fundo?
  • A aplicação inicial mínima é de R$ 25 mil.

  • Quais são os principais riscos do investimento?
  • Os principais riscos incluem a possibilidade de um cavalo não se valorizar conforme esperado, o atleta não ganhar premiações e acidentes ou lesões sofridas pelos cavalos.

  • Qual é a taxa de administração do fundo?
  • A taxa de administração do fundo multimercado é de 1% ao ano, e a taxa de administração do FIP é de 2% ao ano, com uma taxa de performance de 20% do que exceder o IPCA mais 4% ao ano.